quinta-feira, 3 de maio de 2012

O princípio e a evolução da Música Eletrônica

1857 – Leon Scott pioneiro a gravar impressões de som em cilindros revestidos em carbono, um esboço do fonógrafo


1878 – Thomas Edson, inventor da luz, patenteou o fonógrafo (aparato capaz de reproduzir sons gravados)


1897 – Emile Berliner desenvolve o fonógrafo em disco; Thaddeus Cahill  inventa o dinamofone ou telarmónio (dínamo electro ligado a indutores electromagnéticos produz diferentes frequências sonoras, comandados por teclado e painel de controle, difundido por linha telefônica com terminais de amplificadores acústicos. Sintetizava som com timbres desejados sobrepostos por parciais harmônicos).


1918 – Invenção do Teremim, instrumento criado por Théremín, com dois detectores de movimento para controlar o volume e a altura do som através do livre movimento das mãos.


1928/1929 – Invenção do Ondas Martenot, de Maurice Martenot, desenvolvido para reproduzir sons microtonais, presentes na música hindu. Em seguida, invenção dos instrumentos polifônicos como o Givelet e o Órgão Hammond (de Laurens Hammond), este ultimo baseado no telarmônio e outras tecnologias como as primeiras unidades de reverberação (reflexão múltipla de uma frequência). O trautônio, instrumento feito de um fio resistor sobre placa de metal para gerar som, de Friedrich Trawtwein, Berlim.


1910/1914 – Luigi Russolo propôs a composição musical através de fontes sonoras do meio ambiente, na busca da variedade infinita dos ruídos, em The Art Of Noises. Assim, nasce o Intonarumori, um instrumento produtor de ruído, no contexto do movimento futurista, em Paris.
Edgard Varèse, compositor francês, foi pioneiro na ruptura com o Conservatório de Paris, ao explorar novos conceitos de expressão musical em que sua técnica de instrumentação usava fontes eletrônicas, via instrumentos componentes de massas sonoras de diferentes timbres, densidades e volumes.


1930 – Aumento de novos trabalhos utilizando esses e outros instrumentos eletrônicos e avanços nos sistemas de gravação, em que a gravação feita em suporte magnético era mais eficaz que a óptica.


1935 – Invenção do magnetofone, na Alemanha, com fitas plásticas impregnadas de partículas de ferro.


Até 1945 – Desenvolvimento na concepção de som musical, interesse pela acústica, fundamentais para a expansão no corpo da música eletrônica.


1946 – O ENIAC, o primeiro computador digital eletrônico de grande escala inventado, momento que em Paris e na Polônia se consolidaram duas vertentes da música eletroacústica, a música concreta e a Elektroniche Music, até durante toda a segunda metade do séc. XX.


1948/1949 – É apresentada a peça Etude aux chemins de fer e Variations Sur une flûte mexicaine, obras da música concreta. A vertente provêm de um grupo francês por iniciativa de Pierre Schaeffe, engenheiro eletrotécnico, criador do conceito desta linha musical, que parte da gravação e transformação em estúdio de objetos sonoros (do ambiente e instrumentos musicais) sem a utilização de instrumentos eletrônicos. Foram eles que lançaram as primeiras mixagens.
A Rádio de Colónia foi pioneira na criação de estúdio de música eletrônica na Alemanha.


1952 – Acontecem as primeiras experiências musicais apresentadas em Paris com a utilização de técnicas de serialismo integral, em que os processos de composição seriais impulsionaram a síntese eletrônica, via poder de manipulação individual de cada uma das propriedades dos sons.


1958 – Com o compositor Pierre Henry e o engenheiro Jacques Poullin, o Groupe de Recherches Musicales, surgiram as primeiras composições satisfatórias, Symphonie por un homme seul, primeira sinfonia de música concreta e a Ópera Ohpheér 51, esta ultima com os aparelhos Morphophone e Phonogènes, operantes com gravação em fita magnética.

Até 1960 – A música de instrumentos acústicos gravados, em que as gravações podem ser manipuladas, combinadas e montadas e superpostas, definem a música eletroacústica.


1963/1964 – Surge o primeiro sintetizador, o Buchla, do compositor Morton Subotnick. Em seguida, Robert Moog, criou outro sintetizador, o primeiro a usar teclado ao estilo de piano. A partir de 60, a música eletrônica foi adotada pela cultura popular, em que a música de sintetizador passou a ser usada por muitos músicos e bandas, como os Beatles, The Silver Apples e Pink Floyd, entre gêneros como o Jazz e o Rock.


1966 – Publicação do trabalho Traité des objets musicaux, de Schaeffer, que estabeleceu 33 critérios de classificação divididos pelas três dimensões fundamentais do fenômeno sonoro, os planos harmônico, dinâmico e melódico, com 54 mil combinações diferentes. Na proporção em que técnicas de processamento eletrônico passavam a ser aceitas, a música concreta perdia atenção. Então, Schaeffer mudou para uma estrutura mais universal, experiences musicales, o que permitiu aproximação com o conceito de Elektronische Musik.
A partir de 1970 – O estilo eletrônico foi revolucionado pela banda Krafwerk, que usou a eletrônica e a robótica para simbolizar a alienação do mundo em relação à tecnologia. Pianistas de Jazz como Herbie Hancock, Chick Corea, Joe Zawinul e Jan Hammer, começaram a usar os sintetizadores em gravações de jazz fusion.


1979/1980 – O sampler é um equipamento que armazena sons em formato WAV em memória digital que depois os reproduz um a um ou de forma conjunta. Os samplers passaram a ser desenvolvidos e aprimorados para se tornarem acessíveis aos músicos, ao mesmo tempo em que a música eletrônica se difundia com a facilidade dos computadores pessoais. Estes que possibilitaram emular a as funcionalidades de instrumentos musicais e sintetizadores via criação, manipulação e apresentação virtual de som. Assim, surgiu o MIDI, capaz de controlar e sincronizar informações de áudio entre dispositivos como teclados, sintetizadores e processadores de som, como um protocolo de comunicações.
Fonte de Pesquisa: Wikipédia

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