A terapia integrativa oriental de massagem para bebês e crianças, surgiu na Índia e cada vez mais tem sido procurada por mães em todo mundo. Aprender a arte que sempre foi hábito materno de rotina das mulheres indianas, no cuidado com seus filhos, tem se tornado uma necessidade no Ocidente. A técnica tem sido bastante estudada na França e a cada dia o número de pesquisas científicas cresce para comprovar os seus benefícios.
Por Anna Karenina de Oliveira
nº 4085/BA_annakdeoliveira@gmail.com
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Numa calçada pública em Calcutá, na Índia, uma mulher paraplégica sentada sobre as escadarias do rio Ganges, massageava seu bebê, enquanto um ambiente hostilizadamente caótico se desmanchava na paisagem. O nome dela era Shantalla. E foi esta cena que aguçou a percepção e sensibilidade do médico francês Frédérick Leboyer, a identificar naquela massagem a beleza e a harmonia nos movimentos de Shantalla em seu filho, homenageando-a com seu nome para identificar o estudo que ele desenvolveu desta prática. Shantalla é uma técnica indiana milenar de massagem para bebês e crianças voltada para mães, pais, gestantes e avós se comunicarem corporalmente com os pequenos. Surgiu no Estado de Kerala, no Sul da Índia e a Shantalla inserida na filosofia ayurvédica, representa o primeiro toque prático da ciência que estuda e exerce a longevidade, a Ayurveda (Ayur= vida, Veda=conhecimento, ciência).
“Além de facilitar a vida cotidiana das mães, auxilia na praticidade e intimidade na relação mãe e filho. Também é uma alternativa de socorro em casos de urgência, em que você precisa dar um alívio rápido ao seu filho até o momento em que o médico possa atendê-lo”, explicou Rita Barros.“Quando você percebe o limite entre um corpo e o outro corpo, você tem a nítida compreensão de limites, direitos e deveres, que serão compreendidos depois, mas a essência já é incorporada no aprendizado da vivência”, explica a terapeuta.Ela argumenta que a atenção materna vai estar mais ativa, assim como a linguagem no vínculo mãe e filho. “Você vai percebendo a personalidade da criança e a individualidade do seu filho. É um diálogo sem palavras, onde quem fala é o inconsciente para outro inconsciente, em que essa comunicação vai estar registrada nos dois e não se perde, porque fica registrado no corpo, como definiu o psicanalista Ricardo Rodulfo ‘são como desenhos no corpo, desenhos fora do papel’”, destacou a especialista.
Desde o nascimento, o bebê já pode receber as primeiras palpações da mãe, que através desta arte oriental, aplicada até os doze anos de idade, vai fortalecer os laços com o filho e proporcionar uma infinidade de benefícios para a criança. De acordo com a terapeuta corporal Rita Barros, a Shantalla auxilia no desenvolvimento dos sistemas corporal físico, psicológico e emocional, e ajudará bastante nos dias difíceis da criança. À medida que essa técnica de massagem vai sendo aplicada, o sistema imunológico do bebê é favorecido com o estímulo da produção de mais linfócitos -responsáveis pela defesa do organismo-, assim como há os estímulos táteis, auxílio na coordenação motora, o contato visual, desenvolvimento psicológico, reflexos, atividade muscular, desenvolvimento e fortalecimento das articulações, estímulo aos órgãos internos, estímulo à curiosidade, noções de limite, entre outros. As contra indicações na Shantalla são para crianças com apresentação de febre, infecções e nos dias que estiver sujeita a tomar vacinas.
“Além de facilitar a vida cotidiana das mães, auxilia na praticidade e intimidade na relação mãe e filho. Também é uma alternativa de socorro em casos de urgência, em que você precisa dar um alívio rápido ao seu filho até o momento em que o médico possa atendê-lo”, explicou Rita Barros.“Quando você percebe o limite entre um corpo e o outro corpo, você tem a nítida compreensão de limites, direitos e deveres, que serão compreendidos depois, mas a essência já é incorporada no aprendizado da vivência”, explica a terapeuta.Ela argumenta que a atenção materna vai estar mais ativa, assim como a linguagem no vínculo mãe e filho. “Você vai percebendo a personalidade da criança e a individualidade do seu filho. É um diálogo sem palavras, onde quem fala é o inconsciente para outro inconsciente, em que essa comunicação vai estar registrada nos dois e não se perde, porque fica registrado no corpo, como definiu o psicanalista Ricardo Rodulfo ‘são como desenhos no corpo, desenhos fora do papel’”, destacou a especialista.
O tempo de massagem varia de acordo com a idade da criança, para os recém-nascidos ao primeiro ano, a massagem evolui de 5 para 30 minutos. De 1 até os 5 anos de idade, dura 30 minutos, de 5 aos 12 anos, a Shantalla acontece durante 40 minutos.
Para melhor manuseio, deslizamento, palpação, pressão, aconchego, exercícios e movimentos próprios da técnica da Shantalla, os óleos vegetais devem ser sempre utilizados. A pele da criança é aquecida e a troca e o diálogo entre os corpos são facilitados. O óleo de coco da praia, rico em vitaminas A e E, é o mais indicado para uso, pois contém substâncias que o bebê já conhece, o ácido láurico, presente no leite materno. Mas também têm os óleos de amêndoa doce, sementes de uva, palmiste, macaúba, que também podem ser aplicados.
Além de terapeuta corporal, em Yoga Massagem Ayurvédica, técnica de Kusum Modak lecionada por Ma Bodhigita, a soteropolitana Rita Barros é fitoterapeuta pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), complementando sua formação com os cursos de Aromaterapia, Psicoaromaterapia, Florais de Saint Germain e de Bach, Iridologia, Emotologia, R'XA (Reiki) e Holocromos. Residente em Ilhéus-BA, Barros identifica na cidade um campo favorável para atendimentos e oferecimento de cursos de Shantalla. Ela predispõe incorporar a aromaterapia e a cromoterapia na Shantalla através da introdução de cores e aromas para tratamento de algumas patologias infantis costumeiras, como as cólicas, stress, dor de cabeça, diarréia, falta de apetite, ansiedade, euforia, entre outros.
Para atendimento e maiores informações:
Rita de Cássia Barros
(73) 3632-2305; (71) 8219-7683; (73) 9983-6494
“Sim, os bebês tem necessidade de leite, mas muito mais de serem amados e receberem carinho. Serem levados, embalados, acariciados, pegos e massageados”.
LEBOYER, médico francês que "descobriu" a técnica, autor do livro "Shantalla, massagem para bebês: uma arte tradicional"
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