sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Jorge Amorim vai SACUDIR a noite, no Bataclan

Ao lado d’OQUADRO Instrumental, o ilheense Jorge Amorim promete sacolejar a noite do dia 24, sábado, com sua música genuinamente baiana, que mistura o samba, jazz e o afrobeat.
Por Anna Karenina
Cada vez mais o palco do Bataclan, em Ilhéus, vem esquentando as noites e abrindo espaço para nossa cultura através do projeto OQUADRO Instrumental, com a apresentação de artistas regionais. Nesta quinta edição, o convidado é Jorge Amorim, diretor musical, violonista, cantor e compositor, que se apresentará com os músicos d’OQUADRO neste sábado (24), com direito a muitos improvisos de afrobeats e afrosambas, a partir das 20:30 hs. Esta iniciativa é do Coletivo Prumo em parceria com a administração do Bataclan.
Natural de Ilhéus, mas cidadão do mundo, Jorge Amorim iniciou seu ofício desde a meninice. Com fortes influências do afrobeat de Fela Kuti, espalhou seus dedilhados e timbres por Paris, onde morou, e por toda Europa e em países de outros continentes, como o Japão e Canadá.  O momento cultural que Ilhéus experimenta hoje é sem dúvidas uma excelente oportunidade para que as gerações presentes e as que estão chegando, conheçam e desfrutem das riquezas artísticas de sua terra. “Essa noite vai ser de ‘entortar o rabo do tatú’, sonzeira garantida", é o que afirma Ricô Barreto, baixista d’OQUADRO e integrante do Coletivo Prumo.
Jorge Amorim
Viveu em Paris há mais de 27 anos, onde exerceu e amadureceu sua arte com shows em renomados espaços culturais, próprio de um currículo admirável. Apresentou-se em lugares como o Museu do Louvre no espaço “Le Saut Du Loup”, clubes como Sunset, Satelit Café, Baisé Salé, Glaz’art, Le Reservoir, La Java, Favela Chic, Le Discophage, casas de shows como Le Bataclan, La Coupole, L’Olympia, Centre George Pompidou, e nos principais teatros parisienses.
As apresentações, solos e muitas vezes em parceria com diversos artistas traduzem como Amorim expandiu sua música, interagiu e participou de enriquecedoras experiências, como em Paris com o grupo “Tupi Nagô”; de 2001 a 2007 participou como cantor e violonista nas turnês pelo Japão da cantora Clémentine através dos projetos da rede “Blue Notes”; dirigiu, cantou e tocou em shows da cantora Nazaré Pereira em Paris, como também na Suíça, Alemanha, Itália, Portugal, dentre outros países europeus e da América, como o Canadá; participou como backingvocal na gravação do primeiro álbum solo “Alfabetagamatizado” de Carlinhos Brown; dirigiu o álbum “Samba pelo Avesso” da cantora e compositora Carolina Ferrer (2010), no Rio de Janeiro.

Afrobeat é uma combinação de música yorubá, jazz, highlife, funk e ritmos, fundido com percussão africana e estilos vocais.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

OQUADRO grava o primeiro disco oficial com Buguinha Dub

Banda Ilheense de hip hop entra em stúdio de gravação com a adubada produção de Buguinha Dub, e no dia 9, próxima sexta-feira, se apresentará com show no Sunshine, na capital baiana.

Por Anna Karenina
Destino: Salvador, Bahia. A banda ilheense, OQUADRO, deixou a Costa do Cacau hoje (2), sexta-feira, e arriou suas bagagens na baía de todos os santos, para a gravação do primeiro disco oficial no stúdio Coaxo do Sapo, do músico e compositor Guilherme Arantes. A participação do produtor Christiano Botelho, mais conhecido por Buguinha Dub, na gravação do disco, chegou para incrementar ainda mais o trabalho. Ao fim do itinerário, OQUADRO e o referido produtor, vão se apresentar na próxima sexta-feira (9), no Sunshine, ao lado de Mc Daganja e Dudoo Caribe, no Rio Vermelho.
A banda têm atuado em Ilhéus com o projeto OQUADRO Instrumental, e inicia este mês com uma temporada dedicada na concentração da produção musical, com direito a muita sonoridade, rimas, versos e performances adrenalizantes. Segundo o baterista, Victor Barreto, “vai ser uma imersão de sete dias pra desvendar nosso próprio universo analógico e digital, mental e espiritual. Buguinha Dub Adubado garante! Vocês vão ouvir falar desse disco, nem que seja por aí.”


O produtor tem suas raízes em Pernambuco e é reconhecido por trabalhos notáveis, que carregam a junção da música brasileira com a sonoridade do reggae do dub. Já produziu discos de grupos expressivos, como Nação Zumbi, Racionais, Mestre Ambrósio, Cordel do Fogo Encantado, Mundo Livre S.A., Natiruts, Monjolo, entre outros.
OQUADRO é uma das bandas mais antigas de hip hop da Bahia e com três Mc’s (mestres de cerimônia), Jef Rodrigues, Ivanigro Santos e Rans Spectro, se consolida com o baixista Ricô Barreto, o baterista Victor Santana e a percussão de Jax. Eles têm produzido hip hop há 15 anos numa linha autêntica, no passo em que o olhar libertário quando lançado sobre o mundo e a realidade, resvala em esferas sociopolíticasculturaisespirituais e, quase sempre, de protesto.
O grupo expandiu suas atividades pela Bahia nos últimos quatro anos, com várias manifestações, muitas realizadas em Salvador com o apoio e incentivo cultural do Estado. Esse trajeto se iniciou em 2008 quando se apresentaram no Teatro Castro Alves, em Salvador, sendo a primeira banda de hip hop a estrear essa proeza. A partir daí, um tempo favorável de apresentações, projetos, carnaval, documentário e participações, não cessou de correr, ao contrário, longa vida de muita música e atuação é para onde o vento parece estar soprando para OQUADRO, próprios de um currículo admirável e de quem exerce a arte com força. “A gente quer expandir mais essa coisa do hip hop, apesar da nossa função é fazer uma música que a gente gosta. E é mesmo, porque gosta mesmo”, explica o baterista Victor Barreto.
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